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PMIES: “A cara do nosso povo”

Cecília Horta

Professora da Universidade Federal de Juiz de Fora
Ex-diretora acadêmica da ABMES

15/08/2013 04:22:03

Cecília Eugenia Rocha Horta Professora aposentada da Universidade Federal de Juiz de Fora/MG Diretora Acadêmica da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) abmes@abmes.org.br ***
“Somos acionadores de oportunidades, somos da terra, entendemos a necessidade da região e oferecemos uma educação com a cara do nosso povo”. (Célia Christina Silva Carvalho[1]).
A permanência no sistema educacional das pequenas e médias instituições de ensino superior (PMIES) representa um dos grandes desafios do segmento particular de ensino. Tais instituições convivem com um mercado competitivo, com as normas oficiais de avaliação e regulação, ao lado de outros problemas de natureza acadêmica, de gestão e de ordem financeira. A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) considera que os estudos existentes no país sobre as PMIES ainda não são suficientes para que se tenha um diagnóstico da situação atual, fato que dificulta sobremaneira a definição de linhas de ação junto a essas instituições. Sabe-se, porém, que as PMIES estão localizadas, na sua maioria, em regiões em que o Poder Público não está ou está precariamente presente. Os responsáveis pela criação dessas instituições são em geral educadores – forças vivas locais – que se organizam com o objetivo primordial não só de oferecer ensino superior aos estudantes da região, que não podem frequentar as escolas dos grandes centros, como também viabilizar, de forma expressiva, a interiorização da educação no país. Apesar das dificuldades e obstáculos, as PMIES contribuem para a formação de pessoal de nível superior, empregam professores e auxiliares de administração escolar, movimentam o comércio e o mercado de trabalho por meio da qualificação de mão de obra para atender às demandas locais e regionais. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), ano base 2011, as PMIES com até 2.000 alunos representam 71,17% do total de instituições privadas do país e são responsáveis por 17% das matrículas e por 27,3% do total de cursos. O lado ruim da história é que o Ministério da Educação (MEC), com base nos indicadores de avaliação – que ignoram a especificidade e a heterogeneidade do sistema educacional –, penaliza duramente as instituições, e de forma especial as PMIES, com cortes de vagas, desligamento de programas de apoio financeiro ao aluno, arquivamento de processos de cursos em tramitação, fechamento de cursos, dentre outras medidas. Tendo em vista essa realidade, a ABMES decidiu enfrentar o desafio de definir, com clareza e responsabilidade, uma proposta que visa estabelecer as bases para um plano de ação em apoio às PMIES que compõem a maioria do quadro de associados da entidade. Para dar início ao processo, a ABMES realizou no dia 9 de abril de 2013, na sua sede em Brasília, o seminário “Pequenas e médias IES – tendências e oportunidades” com o objetivo de oferecer subsídios à realização da pesquisa “Diagnóstico das pequenas e médias instituições de ensino superior: indicações para a melhoria da competitividade”. O trabalho já em desenvolvimento tem parceiros competentes na área educacional: o Instituto Expertise[2] e o Instituto PHD de Pesquisa[3]. O primeiro aprofundará estudos sobre aspectos dentre os quais se destacam: a legislação que rege o sistema educacional brasileiro e os fatores que impulsionaram a sua expansão; a visão da dinâmica da competição e das turbulências do sistema; a percepção correta da forma como são geradas as políticas governamentais e a identificação de modelos e estratégias de gestão. De acordo com Rodrigo Capelato, pesquisador do Instituto Expertise, as PMIES são estratégicas para a economia do país, para a economia local, para a interiorização do ensino e para garantir a diversidade da oferta de cursos superiores nas regiões em que o ensino público não chega. No entanto, adverte: “O Brasil precisa de políticas públicas para que as PMIES possam se tornar competitivas”. O segundo realizará uma pesquisa de campo cujo questionário completo e confidencial, elaborado em parceria com a ABMES e o Instituto Expertise, “será extremamente eficaz para o levantamento de informações de altíssima qualidade para municiar as PMIES na construção de seus projetos institucionais”, afirma André Pioli, diretor de projetos do Instituto PHD. Ele recomenda que os representantes das IES sejam criteriosos nas suas respostas e que deixem também as suas contribuições para agregar valor ao estudo.[4] É grande a expectativa do presidente da ABMES, Gabriel Mario Rodrigues, em relação à colaboração das instituições associadas e não associadas: “espero que participem da pesquisa para legitimar o projeto, carro-chefe da atual gestão, e também para oferecer subsídios ao Plano de Ação para as PMIES que a nossa entidade pretende coletivamente construir e implementar”. Os resultados globais da pesquisa serão enviados com exclusividade às instituições participantes por meio de recortes específicos, que lhes permitirão realizar análises e diagnósticos de seu interesse. A ABMES acredita nos projetos sérios e consistentes das pequenas e médias IES e reafirma, com grande convicção, a sua crença na possibilidade de colaborar no processo de descoberta de caminhos que garantam a sua sustentabilidade e permanência no sistema educacional brasileiro. As PMIES vieram para ficar; afinal elas têm “a cara do nosso povo”.
 
[1] Diretora da Faculdade Nobre de Feira de Santana, em depoimento à revista Ensino Superior. Ano 15, n. 175, 2013, p.26. [2] http://institutoexpertise.org.br
[3] http://www.institutophd.com.br
[4] A IES que se enquadra no público-alvo (com até 3.000 alunos) e que não tenha recebido o questionário deverá entrar em contato com o Instituto PHD pelo e-mail: abmes@institutophd.com.br ou telefone (19) 3325-8427.
 

18/08/2013

Covac

Excelente artigo e que coloca com muita propriedade a importância das instituições de pequeno e médio porte. Já passou o momento das autoridades pensarem numa política púbica capaz de fomentar e estimular tais instituições que tem papel importante na regionalização e interiorização da oferta de cursos. Ter um instrumento único de avaliação desconsiderando a organização administrativa e acadêmica e a região em que a Faculdade está sediada, além descumprir o que estabelece o Sinaes cria um sistema injusto de concorrência. Parabéns Cecilia pelo artigo.

16/08/2013

Roney Signorini

A professora Cecília mostra mesmo ter laços íntimos com a terra da liberdade ainda que tardia. Seu artigo foca com precisão as mazelas pelas quais passam todas as pequenas e também as médias IES plantadas nos rincões brasileiros, mais do que vivendo sobrevivenciando as agruras de serem tidas como iguais quando são muito diferentes. E não há apelo emocional ou racional que demova as autoridades a construirem padrões, paradigmas e dimensões avaliativas que contemplem a boa saúde institucional dessas órfãs educacionais. Meus cumprimentos pela feliz lembrança, pela abordagem precisa, de uma radiografia real das esquecidas em tempo de grandes e gigantes.

16/08/2013

Zenaide P. Monteiro

Excelente artigo. Parabéns Prof. Cecília

15/08/2013

Valdir

Cecília Sensacional.Precisamos demais de defesas consistentes como a sua para eliminarmos os preconceitos e avançarmos nas frentes em que as PMIES tem mais agilidade, praticidade e são mais presentes. forte abraço

15/08/2013

Rogério

Excelente matéria !!!

Entre a Sustentabilidade e a Realidade: O Que as IES Precisarão Enfrentar em 2026

Max Damas

Assessor da Presidência do SEMERJ. Assessor da Presidência da FOA (Fundação Oswaldo Aranha). Escritor e Consultor Educacional

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